Cajueiro realizou o curso Projeto de Vida e a BNCC – Base Nacional Curricular Comum em 2020 para educadores/as 

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O curso aconteceu em 2020, de agosto a dezembro, com o seguinte objetivo: refletir sobre o acompanhamento de projeto de vida de adolescentes e jovens em ambientes formais e informais, atentos/as a diferentes abordagens e sua curricularização, no contexto da Base Nacional Comum Curricular.

Envolveu mais de 160 pessoas de todo o Brasil e de outros países da América Latina: México, Paraguai, Venezuela, Panamá e Bolívia. Entre estas  pessoas estavam os associados/as do Centro de Juventude Cajueiro, que participaram na elaboração de conteúdos, vídeo-aulas, conferências, lives: Aurisberg Matutino, Arilene Martins, Carmem Lucia Teixeira, Flávio Sofiati, Miriam Fábia, Luis Duarte, Valterci Vieira, Janira Sodré, Rezende Bruno de Avelar, Katiuska Serafin,  Maria das Graças Figueiredo, Francisco Alves Barbosa, Rita de Cássia da Silva, Romenia Sousa e, também, contamos com várias pessoas colaboradoras no projeto – Alex Pierro, Vanessa Correia, Leonardo Proto, Lannder Cunha, Frederico Luz  Silva, Leon Patrick, aos quais queremos expressar nossa gratidão.

O conteúdo tem as juventudes como ponto de partida, para poder estabelecer um diálogo entre as pessoas educadoras, que estão envolvidas no acompanhamento, seja na escola ou nos grupos comunitários. Esse esforço de capacitar educadores/as para o trabalho com a juventude, é uma nova frente que propusemos para compartilhar nosso conhecimento e fortalecer a sustentabilidade do Cajueiro.

O curso tratou dos seguintes conteúdos:

  1. Conhecendo os educadores e jovens – olhares a partir de si para o outro.
  2. Projeto de vida e projeto neoliberal – interfaces na política educacional.
  3. Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e projeto de vida na realidade das escolas.
  4. Projeto de vida de educadores e jovens – caminhos e potencialidades do fazer coletivo numa perspectiva contra-hegemônica.
  5. Metodologia para o trabalho com o projeto de vida nas escolas.
  6. Dinâmicas e ferramentas para construção do projeto de vida.

Recebemos 71 avaliações finais do curso e de acordo com elas,  essa ação chegou a vários lugares no Brasil – Goiás (Anápolis, Aparecida de Goiânia, Aurilândia, Firminópolis, Goiânia e Itaberaí); Minas Gerais (Belo Horizonte, Poços de Caldas, Vespasiano);  São Paulo (Campinas, Catanduva, Diadema, Iracemápolis, Jundiaí, Lorena, São Paulo);  Rio Grande do Sul (Canoas, Caxias, Porto Alegre, São Leopoldo); Espírito Santo (Cariacica), Rio Grande do Norte (Florânia); Ceará (Icó e Madalena), Amazonas (Manaus); Paraná (Maringá); Santa Catarina (Palhoça e São José), Rio de Janeiro (Rio das Ostras e Rio de Janeiro), Pará ( Santarém), Mato Grosso (Sinop) e Brasília. Somam 13 Estados e o Distrito Federal. E dos outros países do continente: Paraguai (Pilar), México (Puebla), Venezuela (Caracas).

Os grupos envolvidos na formação podemos organizar de acordo com a ação: Educação pública (Rede Pública de Educação do Estado, Universidade Estadual de Goiás, UNB – Brasília, UFSC); Educação privada ou em parceria com o Estado (Casa Freud, Colégio Marista Rosário, CESAM/GO, Instituto Dialogare, INSGRO, grupos com ação pastoral (Várias congregações religiosas, Diocese de Catanduva, Catequese familiar, Pastoral da Juventude, Pastoral Universitária e outros grupos).

O grupo, destes participantes, que chegou ao final do curso e cumpriu os requisitos para o certificado, em parceria com o Observatório Juventudes na Contemporaneidade, disse que  o objetivo proposto foi cumprido, assim como a metodologia aplicada, classificada como ótima ou boa, para a maioria das pessoas, como pode ser apreciado nos seguintes gráficos:

Gráfico1 – Avaliação do objetivo do curso

Gráfico 2 – Metodologia do curso

Quanto aos conteúdos tratados, os participantes avaliaram como ótimo e bom, destacando cinco núcleos temáticos: metodologia de trabalho com Projeto de Vida para educadores/as e jovens, BNCC – teoria e reforma, interface do neoliberalismo e as políticas educacionais no Brasil, as metodologias de acompanhamento dos jovens, os materiais utilizados para o aprofundamento (videos, filme, textos, poesia, rodas de conversas, etc.) e o tema sobre os jovens, a sua realidade e a cultura juvenil, com especial atenção às juventudes e sua realidade educacional. Destacaram como importante o modo de tratar a juventude em seu contexto, colocar a juventude como sujeito central para pensar a educação, o debate da base nacional curricular comum e as disputas que envolvem a sua construção e aplicação na educação.

Outras avaliações consideram que algumas trilhas estavam muito extensas e que poderiam ter sido mais objetivas, apresentando materiais adicionais e leituras complementares para o aprofundamento temático; ao mesmo tempo em que as leituras complementares, poderiam ser acompanhadas por vídeos explicativos; também, consideraram que poderia ter tido mais encontros online, rodas de conversas virtuais e trabalhos em grupo para abordar, de forma coletiva, os conteúdos na realização do projeto de vida, como nas  metodologias do trabalho com a juventude. Também alguns textos poderiam trazer os conceitos mais atuais e espaço para os jovens falarem sobre si mesmos e suas realidades.

Gráfico 3 – Avaliação sobre conteúdos

Outro aspecto que foi bem avaliado pelos/as participantes, foi o acompanhamento durante o curso, por parte da equipe coordenadora, facilitadores/as, coordenadores e conferencistas das rodas de conversa. Neste sentido, o diálogo interno da equipe coordenadora, foi muito importante para garantir respostas rápidas e eficazes, assim como cuidado nas articulações, para todas as atividades online complementares, que se realizaram durante o curso, contando sempre com a apoio da equipe organizadora e a participação, em cada uma delas, juntamente com os/as responsáveis da atividade, de outros membros do Cajueiro, que marcaram presença afetiva e ativa, ampliando o sentido do acompanhamento.

Gráfico 4 – Avaliação do acompanhamento

O grupo também indicou que a plataforma que estávamos usando não atendia bem a proposta do curso, devido a sua complexidade e falhas técnicas. Por isso, já migramos para uma nova plataforma atendendo às sugestões indicadas pelos participantes.

Gráfico 5 – Avaliação da Plataforma Virtual

Uma das questões da avaliação, era se a pessoa participante indicaria o curso para outras pessoas e o porque ela indicaria ou não a proposta de formação. A maioria afirmou que indicaria nosso curso.

Gráfico 6 – Indicação do curso para outras pessoas.

As razões para indicar o curso são as seguintes: profissionais qualificados da equipe; visão ampla do que está ocorrendo no mundo educativo; possibilitar a transformação do olhar e da finalidade do projeto de vida; o foco na pessoa do jovem porque capacita educadores a trabalhar o tema do projeto de vida; conteúdo e metodologia; o modo como trabalham provoca o amadurecimento do tema do projeto de vida; o referencial teórico e o modo de aproximação da realidade; material fornecido como subsídio para o trabalho com os jovens e os debates do curso, foram enriquecedores no aprendizado. As pessoas de outros países disseram que o conteúdo da BNCC estava muito extenso e apontaram que o Projeto de Vida não é abordado nas escolas, na realidade local.

Finalmente recebemos algumas sugestões com vista à revisão e próximas edições deste curso. Dentre elas destacam: diminuir a quantidade de atividades propostas nas trilhas; realizar rodas de conversas semanais, com um dia fixo na semana; ter a possibilidade de um/a tradutor/a para participantes de outros países; interação dos participantes do grupo de Whatsapp; rodas de conversas com a participação de jovens como conferencistas, para poder ouví-los; adicionar uma trilha operativa, para elaboração do projeto de vida dos participantes; foi proposta a apresentação das trilhas em vídeos e não em textos, para que o curso se torne conversado e não lido; acrescentar mais filmes e metodologias coletivas de trabalho durante o curso; acrescentar conteúdos sobre Paulo Freire, especificamente sobre a Pedagogia do Oprimido e Pedagogia para a autonomia; cuidado com os hiperlink, para facilitar o acesso aos conteúdos; propor conteúdos que considerem a realidade dos  contextos de educação não formal e trabalhos comunitários; assim como receber a  visita dos membros do Cajueiro nas realidades locais dos participantes.

 

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3 respostas para “Cajueiro realizou o curso Projeto de Vida e a BNCC – Base Nacional Curricular Comum em 2020 para educadores/as ”

  1. Renato,
    Concordo contigo que não podemos reduzir o curso porque é importante uma formação com profundidade. A experiência foi muito interessante. E que bom que irá multiplicar para outros grupos. Contamos sempre contigo, Carmem

  2. Eu penso que um curso que se propõe a aprofundar o projeto de vida de educadores, jovens e adolescentes, necessita ter os conteúdos apresentados nas trilhas.
    Creio que diminuir a quantidade de atividades não seja uma solução. Isso pode empobrecer o curso. Um dos desafios do curso era a administração e planejamento do tempo para dar conta das atividades.
    As pessoas que avaliam pela diminuição das atividades, a meu ver, querem um curso raso. Não estão dispostas a se tornarem especialistas. Por outro lado, existe os casos dos que estavam trabalhando e fazendo outras atividades.
    Quanto a indicar o curso eu fiz o seguinte: compartilhei todos os módulos para o grupo Conexão ODJ, aqui da arquidiocese de Vitória.
    E estou planejando o repasse das atividades ao longo do ano, como forma de agradecimento ao grupo que me inspirou na realização do curso.
    Destacar o alto nível de conhecimento da equipe do curso. Isso se refletiu nas atividades. O acompanhamento do Leonardo foi muito bom. Nada ficou sem resposta. Gratidão.

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