Descrição
O ser humano nasce e vive em uma rede de relações representada por: família, escola, comunidade, trabalho, dentre outras. Nestes ambientes ecológicos, as pessoas desenvolvem-se e conquistam uma diversidade de lugares de interação social. As relações entre pessoas e ambientes oferecem possibilidades de apoio nos momentos de crise ou mudança e podem criar oportunidades de desenvolvimento humano através da qualidade dos meios de subsistência, possibilidades de emprego, estudo, amizades, lazer, relações de suporte e de afeto. O apoio social e afetivo fornecido pela rede relacional das pessoas é mantido por laços afetivos e depende de percepções que se tem do próprio mundo social, de competências e recursos disponíveis para proteção (BRITO; KOLLER, 1999).A rede de relações parece estar em crise neste mundo em constante transformação. Bauman (2004) afirma que na década de 1920, inauguramos uma nova era da história mundial, com a passagem da sociedade de produção, para a sociedade de consumo. Segundo este sociólogo, o novo modelo de sociedade marcado pelo efêmero e por vezes descartável, trouxe transformações sociais aceleradas, nas quais há um desapego dos laços afetivos. Estes se tornaram provisórios e podem nos conduzir a situações de desamparo social que podem criar novas crises. Há um despreendimento das redes de pertencimento social, inclusive dos laços de família. De acordo com o mesmo autor essa aparente liberdade tem levado o indivíduo a sofrer patologias tais como: depressão, solidão ou isolamento social. Vivencia-se a era da descartabilidade relacional do ser humano que pode resultar em exclusão social. As redes de apoio social e afetiva são afetadas e desestabilizam o tecido social na sua coesão. Para Bauman (2001) o elemento integrador de coesão social desmoronou-se, nesse tempo em que vivemos, o qual ele denomina Modernidade Líquida.
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