Cajueiro participa do agosto Lilás no CRAS da Vila Izaura – Goiânia com a HQ – Marcas Invisíveis parte da Campanha Pela Vida das Companheiras

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Acompanhe como foi utilizado o material da Campanha pela Vida das Companheiras/ HQ – Marcas (in) visíveis em uma atividade realizada no CRAS da Vila Izaura, em Goiânia/GO. O convite foi feito pela assistente social Nelma Mariano. Por parte do Centro de Juventude Cajueiro participaram Arilene Martins, Aurisberg Leite Matutino, Carmem Lucia Teixeira e Maria Delma Costa.

O primeiro cuidado foi a preparação considerando o público, o lugar e a comunicação. Na reunião de preparação, decidimos por trabalhar a revista apresentando-a em uma roda de conversa, e escolhemos trabalhar os tipos de violência devido ao tempo que nos foi solicitado. Também nos preocupamos em mover o grupo com um técnica de “quebra-gelo” para oportunizar que mais pessoas pudessem falar. Optamos pelo uso do balão/bexiga de cor lilás para fortalecer o tema do mês de agosto – a violência doméstica no Estado de Goiás. Na preparação, pensamos em duas rodas para o diálogo fluir melhor. E, também, pensamos em utilizar a técnica de comunicação de lambe, com os cartazes com frases de enfrentamento à violência contra mulheres.

No dia 27 de agosto, às 8h, chegamos ao local para conhecer o grupo das pessoas,  mulheres em sua maioria, com presença de alguns homens e, também, conhecer a equipe que trabalha no CRAS. Nos inteiramos melhor das atividades que seriam realizadas para celebrar o tema do mês sobre a questão da violência doméstica. O grupo participou de um café da manhã no final das atividades. Por esta razão, fizemos alterações em nosso programa para atender melhor o público que não tinha sido avisado de toda atividade, assim, não tardaria o café.

No primeiro momento, a equipe do CRAS acolheu o grupo e apresentou a proposta do trabalho. Na ocasião, a assistente social do CRAS de atendimento à pessoa idosa esteve e falou do SUS e de sua importância para a sociedade, da sua abrangência no cuidado com a vida e, também, denunciou o seu desmonte. Convidou o grupo para participar da Conferência Municipal da Saúde e reforçou a importância da participação democrática nesses espaços.

Em seguida, a Nelma Mariano, da equipe do CRAS, apresentou a pastora que ofertou o café e que falou sobre a proposta do mês de Agosto Lilás – primeiro ela leu um texto em que o grupo participou com gestos, focando em algumas palavras. Depois ela distribuiu uma folha de papel A4 e solicitou ao grupo o movimento e a escuta do barulho, depois trabalhou as diversas violências sofridas pelas mulheres, solicitando ao grupo que amassasse o papel se elas tivessem sofrido alguma das situações descritas. Ao final, as mulheres, quase todas com o papel amassado em suas mãos, foram convidadas para abrir, desamassar e fazer o movimento e escutar os barulhos. Identificou-sr os diferentes barulhos ao movimentar o papel e houve convocação para continuar neste esforço. Após, chamou o grupo para uma oração.

A equipe do Cajueiro foi apresentada – Arilene falou do Cajueiro e do seu trabalho e iniciou o convite para que as pessoas presentes se organizassem em círculo para facilitar o diálogo sobre o tema. Convocou o grupo a partir de uma música e depois foram distribuídos balões lilás para cada pessoa que participou do diálogo. Todas e todos foram motivadas/os a encher os balões colocando nele a força e os desejos bons para a vida das mulheres. Depois de cheio, foram motivadas a dizer quais eram esses desejos, algumas pessoas disseram. Depois foram convidadas/os a estourar os balões para que estes desejos bons pudessem se espalhar no bairro e na vida de todas as pessoas.

As revistas HQ – Marcas invisíveis –  foram entregues a cada pessoa e, Carmem apresentou a revista e a Campanha Pela Vida das Companheiras convidando o grupo a serem colaboradores desta campanha que inclui o mês de agosto, porém vai além dele porque a violência está no dia a dia de mulheres devido a uma cultura que desconsidera alguns grupos – mulheres, negras e negros, população LGBTQIA+,  jovens e crianças e população periférica. O grupo manifestou que poderia colaborar, então foram apresentadas as partes da revista – a história da Erika, os dados para a denúncia, os tipos de violência, o caça-palavras com os termos importantes para a luta e a oportunidade de contar outras histórias através do QRcode. Os tipos de violência foram explorados a partir das perguntas trazidas pelas mulheres e, na medida que elas trouxeram suas experiências, comentaram-se  os tipos de violência.

O grupo tomou o café e depois foi convidado a se organizar em grupos menores, de quatro pessoas, motivados pelo Berg e com o apoio de Arilene, Delma e Carmem, para colarem na parede do CRAS os cartazes com as denúncias. Houve um grande envolvimento do grupo, inclusive com pedidos para os registros fotográficos. Algumas das mulheres filmaram, fotografaram para disponibilizar os registros em suas redes sociais.

 

 

A equipe do CRAS agradeceu as pessoas que colaboraram com a atividade da manhã e registrou a presença do grupo. A atividade resultou em muitas perguntas e, também, todas as pessoas saíram com o laço lilás distribuído pela equipe do CRAS para seguirmos nesta luta e no cuidado com as mulheres.

Se quiser fazer parte da Campanha e utilizar o material, entre em contato conosco para podermos dialogar. Também entre nas redes sociais, se inscreva ou curta, é um jeito de estar contribuindo com nosso esforço de construir a paz e a justiça.

Carmem Lucia Teixeira

 

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