Duas jovens estudantes, Ana Clara Sousa Silva e Andressa Maria Moreira de Sousa, com a colaboração de Ludymilla Angelica Felipe Bonfim, se juntaram em seu projeto final do curso de Design Gráfico para apresentar uma peça de campanha para o enfrentamento aos ciclos de violência contra a mulher. Elas tiveram como orientador do trabalho Aurisberg Leite Matutino, então professor. Com a intenção de colaborar com o projeto, ele convidou algumas pessoas da Campanha de enfrentamento ao Ciclo de Violência contra Mulheres da Pastoral da Juventude, como Michelle Gonçalves, Bianca Ortega, Thalita Janaina Vasconcelos, Aldiceia Costa da Silva, Mariana da Silva Borges e pessoas do Centro de Juventude Cajueiro, Lannder Cunha de Freitas, Luís Duarte Vieira, Patrícia dos Santos e Carmem Lucia Teixeira. O encontro dessas pessoas gerou um sonho: produzir juntos/as um material para a campanha e, assim, envolver jovens do ensino fundamental e médio de escolas públicas, bem como outros grupos que reúnem jovens.
Foi um caminho de 3 anos entre a apresentação final do Trabalho de Conclusão de Curso e os diálogos até a publicação. O primeiro desafio estava em conseguir o recurso financeiro para a publicação. No ano de 2021, Helia Marina, secretária do Cajueiro, propôs a elaboração de um projeto para a Lei Aldir Blanc. Após produção e submissão, o projeto foi aprovado. Nós, por meio da parceria com a DKA/Áustria e com Adveniat/Alemanha, estamos trabalhando o tema da proteção e da comunicação em vista do cuidado com a vida. O material foi possível devido a tais parcerias. Vale ressaltar que constituir redes é uma das ações prioritárias do Cajueiro.
A trama proposta pelas jovens gira em torno da história de Erika e sua mãe. Erika, uma estudante de escola pública que busca entender a violência cometida contra a mãe e, no percurso, vai entendendo outras marcas de violências (in)visíveis cometidas contra mulheres. É uma história que nos convida a contar outras histórias. A ideia é provocar a conversa, não só entre mulheres, mas com toda a sociedade, começando com os/as adolescentes e jovens para que possam nos ajudar a construir uma sociedade segura para todas as pessoas que vivem em ameaça.
Inicialmente, foram publicados 6 mil exemplares do gibi. Nossa meta inicial é atingir 8 escolas no estado de Goiás. A HQ será distribuída gratuitamente e chegará em vários estados do Brasil, contando com a Rede Caminho de Esperança, que tem se dedicado à formação, publicação e construção de diretrizes para a proteção das pessoas adolescentes e jovens em todos os ambientes. É um material didático para dialogar com as juventudes, trabalhar conceitos importantes, escutar e solicitar que estes sujeitos possam, também, contar outras histórias.
Para darmos continuidade ao trabalho e verificarmos os resultados obtidos, estamos solicitando um relatório, com um modelo a partir do formulário do google e fotos para que possamos divulgar, acompanhar e sonhar estas mudanças. Estamos buscando pessoas parceiras para se colocarem nessa rede de cuidado com a vida. Se houver alguma organização que deseje contribuir com a publicação de materiais como este e/ou, ajudar a chegar a mais grupos e pessoas e em outros lugares, pedimos que entre nesta campanha/fale conosco.