O Cajueiro foi convidado pela Escola de Engenharia Civil e Ambiental (EECA) da Universidade Federal de Goiás para participar, nesta terça-feira (18/11), do Projeto Meninas e Engenheiras e aplicar uma roda de conversa com os/as estudantes. A atividade aconteceu no Colégio Estadual Nazir Safatle no bairro Jardim Curitiba, região Noroeste de Goiânia, e contou com uma feira de exposições de trabalhos da área das engenharias, como edificações, tinturas de argilas, solos, entre outras. Esse é um projeto que acontece em rede com diversos grupos pelo país, o Cajueiro é um dos parceiros que esteve desde o início e colaborou na produção de materiais.
Na ocasião foi apresentado o último volume das Rodas: Reimaginar o Mundo, Tecendo uma Cultura de Proteção para uma turma de 35 estudantes do ensino médio. Foram doados 3 volumes para a escola, possibilitando que os/as educadores/as trabalhem o material com outras turmas.
O grupo, composto por Carmem Lúcia, Márcia Mascarenhas, João Carvalho e Geraldo Nascimento, foi acolhido pela prof. Karla Hora e em seguida aplicou a Roda “Vem! Vamos Dialogar sobre proteção?”.

Durante a atividade, os participantes construíram uma “roda de proteção”, refletindo sobre conceitos como cuidado, amor e segurança. A partir daí, foram provocados a discutir a contradição entre a ideia de família como espaço protetivo e os dados que apontam que muitos casos de violência e abuso sexual ocorrem nesse ambiente. O grupo também debateu como a escola, apesar de ser vista como lugar de proteção, reproduz preconceitos presentes na sociedade, como racismo, misoginia e LGBTQIA+fobia.
Questionados sobre como superar essas situações, os jovens destacaram a importância de observar as próprias atitudes, fortalecer a autoestima e cuidar coletivamente para garantir ambientes mais seguros. Na avaliação final, relataram boa participação, enquanto a equipe do Cajueiro apontou que a dinâmica poderia ter incluído um “quebra-gelo” inicial, já que o ambiente da sala de aula e a presença de adultos podem limitar as falas dos adolescentes.
A roda é sempre um lugar de aprendizagem tanto para quem aplica, como para quem participa do processo e do debate sobre o tema. Saímos da escola com a esperança renovada de participar de uma escola comprometida com projetos que envolve os jovens em temas que podem contribuir para a sua construção como sujeitos históricos.
Agradecemos cada adolescente e cada jovem, a escola com professores e diretora que nos acolheu, também o Projeto Meninas e Engenheiras que confiou em nós para realizar esta atividade em conjunto.
Texto: Carmem Lúcia Teixeira | Fotos: Carmem e João Carvalho