Cajueiro presente na Marcha das Mulheres Negras em Brasília

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No dia 25 de novembro, Brasília tornou-se chão de passos firmes e vozes ancestrais. Mais de 300 mil mulheres negras, vindas de todos os cantos do Brasil e de outros países, ocuparam as ruas na II Marcha das Mulheres Negras, dez anos após a histórica primeira mobilização. Sob o tema “Por Reparação e Bem-Viver”, a cidade foi tomada por cantos, abraços, tambores e palavras de luta — um grande encontro de corpos, memórias e sonhos que reafirmou: a história segue viva, pulsante e em movimento. A ação contou com a participação de diversas representantes do Centro Cajueiro: Arilene, Janira, Samira, Vanildes, entre outras.

Em Goiás, a mobilização só foi possível graças ao apoio de diversos movimentos, como as companheiras do coletivo Pretas de Angola, do qual Janira é presidenta e Arilene atua como conselheira. Esse esforço coletivo foi essencial para garantir a presença das mulheres goianas em um ato de enorme significado político, histórico e afetivo.

As mulheres marcharam por justiça, dignidade e vida plena. Marcharam contra o racismo que ainda fere, silencia e exclui. Marcharam pelo direito de existir, de sonhar e de viver sem violência. Reivindicaram políticas públicas que cuidem da educação, da saúde, da moradia, do trabalho e da cultura, enquanto celebravam a força da ancestralidade, o legado das que vieram antes e o protagonismo das mulheres negras na construção de um país possível — mais justo, mais solidário, mais humano.

A Marcha foi tempo de denúncia, festa, resistência e celebração. Um momento histórico em que se entrelaçaram passado, presente e futuro, mostrando que os passos de hoje ecoam as batalhas de ontem e apontam novos caminhos de esperança.

O Cajueiro esteve presente, porque acredita e caminha ao lado dessa luta.  Desse modo, afirmamos nosso compromisso com a justiça, com a dignidade das mulheres negras e com a construção do Bem-Viver como projeto coletivo. Representaram o Cajueiro nesse ato de muitas vozes, as integrantes Vanildes Santos, Arilene Martins e Janira Sodré, mulheres que seguem semeando formação, consciência e mobilização em seus territórios e redes.

Ao ocupar as ruas junto a milhares de outras mulheres, o Cajueiro reafirmou: apoiar essa luta é também lutar por um futuro em que as vidas negras sejam celebradas, protegidas e plenamente respeitadas. Porque marchar é seguir escrevendo a história com passos firmes, mãos dadas e esperança acesa.

Para saber mais sobre a Marcha das mulheres negras, acesse o link: www.marchadasmulheresnegras.com.br

Texto: Vanildes e João Carvalho

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