Na última terça-feira (23/09) foi realizada a primeira aula do Curso Cirandas: Por uma Cultura de Proteção à Vida, promovido pelo Centro de Juventude Cajueiro em parceria com o Núcleo de Direitos Humanos e a Rede Caminho de Esperança.
A aula inaugural foi conduzida pela Me. Carmem Lúcia e pela Esp. Michelle Gonçalves, que iniciaram destacando o percurso de reflexão sobre proteção e como esse tema tem atravessado todos os processos e produções do Centro de Juventude Cajueiro e da Rede Caminho de Esperança.
Esse caminho tem início em 2019, quando o Cajueiro e a Rede assumiram o compromisso de refletir e agir sobre a proteção de adolescentes e jovens, inspirados pelo chamado do Papa Francisco e pelo histórico engajamento em defesa da vida das juventudes. Desde o Seminário Nacional do Bem Viver, a urgência de construir diretrizes para orientar a atuação foi reconhecida em processos que afirmam a proteção como educar, acolher, prevenir, responsabilizar e transformar.
Entre 2020 e 2021 foram promovidos seminários virtuais, rodas de conversa, grupos de trabalho e cursos em parceria com a UFG, reunindo pesquisadoras(es), lideranças, jovens e educadoras(es). Esses espaços apontaram que proteger exige enfrentar as estruturas que sustentam a violência, como racismo, patriarcado, adultocentrismo, patrimonialismo e capacitismo.
Em 2024, na 10ª edição do Seminário da Rede, realizada em Goiânia e que reuniu mais de 80 participantes, a pergunta “O que é proteção para você?” provocou novas reflexões, reafirmando a proteção como um processo vivo, ligado à memória, à força das juventudes e à construção de novas ferramentas de articulação. Já em 2025 foi lançado o volume “Rodas de Conversa – Reimaginar o mundo, tecendo uma cultura de proteção”, fruto do Projeto Cirandas, reforçando o compromisso com a escuta ativa e a pedagogia freiriana.
Além das reflexões iniciais, a primeira aula apresentou o funcionamento da plataforma e o caminho formativo que será percorrido até novembro. Foram ressaltados também os acordos e compromissos que cada participante deve assumir com o curso e com todas as pessoas que fazem esse processo acontecer.
O curso reúne 50 participantes de diferentes regiões do país, reafirmando a dimensão nacional da iniciativa e a importância de construir coletivamente uma cultura de proteção à vida.
Texto: Robson Oliveira