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Cajueiro se despede de Katiuska Serafin

katiuska-mensagem

 

 

Mensagem construída de modo coletivo pelas pessoas que se congrega como Centro de Juventude Cajueiro. Estamos vivendo a intensidade destes mistérios da vida e da morte.

Acompanhe a crônica de Joara Reis que escreve para a Katiuska uma mensagem que consola nosso coração.

Itaberaí, GO, 04/12/2012, 02:00… conheci suas irmãs, Katy… a Susy tem a sua voz e o tom de seu sorriso… dá vontade de fechar os olhos e pedir pra ela ficar falando o tempo todo, só pra ter a sensação que você ainda tá aqui. A Carmen tem seu olhar. A Paola pareceu-me a mais calada. E o Antônio… O Antônio tá perto de onde repousa seu corpo, cabeça baixa… penso que ele deva tá pensando se é verdade tudo isso… ou lembrando de momentos com você… e essa gatinha? (felino, esclareço logo), que perambula pela sala desde cedo… agorinha ela pulou no sofá, querendo o trono dela, sem entender o que esse povo faz aqui, na hora do seu soninho. E essas coroas de flores… três! De grupos tão diversos… falando em grupo, a PJ daqui conduziu a reza do Ofício Divino da Juventude… ao final, olhei pela janela e uma pomba branca parou em pleno voo, bateu asas e saiu pelo céu… pensei: seria o Divino? E a Martita tá por aqui, mostrando pra gente suas fotos… povo raleou… a sala tá meio vazia…No Nordeste, a gente abre uma pinga e fica falando, relembrando histórias da pessoa falecida… cada história que surge.! Na falta da pinga, eu resolvi escrever essa crônica… nem sei se crônica é! Mas na falta de um nome mais adequado… fica sendo crônica. Sei que num pega bem eu estar assim, com celular na mão… O que me lembra que devo sempre andar com caneta e um bloquinho para anotações… você teria um naquela sua mochila! Certeza! Faz um ventinho frio.. O café e chá estão quentes. Olho pra Susy novamente, paro pra ouvir a voz dela… gente! Como se parecem! Desejo novamente que você bem que poderia estar aqui. E de certa forma, sempre estará! Nem sei como findar esse escrito aqui, mi hermana. P.S: a gatinha reina no sofá!

Katiuska era amante dos bichos, eles vieram para a despedida. Faltou a cachorrinha.

Quando nesta semana passada iniciou a quimeo mais forte para tentar vencer a leucemia que avançava sobre seu corpo, Marta que a convenceu de cortar o cabelos, também, em solidariedade cortou o seu para  que ela pudesse sentir-se próxima e cuidada. Isso foi feito todo o tempo pela família, pelas pessoas amigas, pela congregação.

Edina compartilhou com o grupo do Cajueiro somos somos árvore conectada pelo mundo, um cajueiro que com suas raizes, galhos e frutos nos une em cada lugar. Cremos que a Katiuska na eternidade se uniu neste desejo.

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